Última atualização: 22-01-2025 00:40

A Brasil Paralelo organizou um encontro entre cientistas políticos, parlamentares e analistas com o intuito de explorar os desafios e as dinâmicas do governo Donald Trump. Durante as discussões, tópicos como a interação do presidente com a mídia, a liberdade de expressão e a cultura woke foram colocados em pauta.

Segundo o professor e especialista político Adriano Gianturco, a administração Trump está sendo iniciada com uma postura mais séria em comparação com seu primeiro mandato. Com a experiência adquirida anteriormente, ele acredita que o presidente assume agora com “maior controle sobre a máquina pública” e parcerias mais sólidas, embora Trump não possa se candidatar novamente devido às limitações de reeleições nos Estados Unidos. Gianturco sugere que a nova administração terá como prioridades “transformar as coisas ou deixar um legado histórico”.

A posse de Trump indicou que sua relação com figuras e empresas influentes melhorou desde seu primeiro mandato. Executivos de grandes empresas de tecnologia, como Google e Meta, estavam presentes na cerimônia de posse, o que gera preocupações sobre como essas corporações se posicionarão em relação ao seu governo durante os próximos quatro anos. Um dos principais focos de atenção será a mídia tradicional, que teve em sua relação com Trump, marcada por constantes antagonismos no passado. O comentarista Leandro Ruschel acredita que os proprietários dos grandes meios de comunicação optarão por evitar confrontos, embora a crítica à presidência continue, já que o jornalismo está habituado a manter essa postura.

Ruschel ainda menciona que a recuperação da credibilidade da imprensa tradicional é um caminho longo e que há uma crescente tendência de fortalecimento do jornalismo independente através de veículos alternativos.

Um tema central na campanha de Trump foi a defesa da liberdade de expressão e a crítica à censura nas redes sociais. A discussão sobre a desinformação online está levando governos ao redor do mundo a buscar regulamentações mais rigorosas sobre essas plataformas. O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, acusou o governo Biden de pressionar sua empresa a remover publicações críticas a ele. Mesmo antes que essas denúncias emergissem, Trump já levantava questões sobre a censura de vozes conservadoras por parte de redes sociais como Meta e Google. O cientista político Christian Lohbauer formulou que este novo governo pode contribuir para a preservação da liberdade de expressão, embora Gianturco também advirta que diversas dificuldades estarão presentes.

Parte das justificativas para o controle das redes sociais liga-se a questões identitárias, como raça e gênero. O advogado e comentarista Ricardo Gomes ressalta que a administração anterior “imersou-se” em tópicos como “raça e orientação sexual”, perturbando várias áreas, incluindo contratações. Gomes observa que o discurso atual do presidente sugere uma mudança nesses critérios, com um foco nas realizações individuais. Segundo a análise dele, a questão racial nos EUA sempre foi tensa, especialmente no Sul, mas a polarização passou a se acentuar com uma abordagem que insere questões de gênero e raça em todos os aspectos sociais, algo que consideraria parte de uma estratégia totalitária visando a divisão na sociedade americana.

A Brasil Paralelo explorou essas pautas identitárias em sua minissérie "As grandes minorias", que discute ideologia de gênero, o movimento Black Lives Matter e os autodenominados Antifascistas. Confira a minissérie completa gratuitamente nos links abaixo:

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Outras notícias em destaque incluem o ex-candidato a prefeito de São Paulo que publicou um vídeo antigo com Trump em suas redes e a polêmica envolvendo a saudação de Elon Musk associada ao nazismo, além do debate acirrado entre parlamentares brasileiros sobre a ascensão da direita no mundo.

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Redação

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