Última atualização: 25-09-2024 09:04

Na manhã desta terça-feira (24/09), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu à tribuna da 79ª Assembleia Geral da ONU para proferir um discurso que, apesar de sua pretensão de reafirmar o protagonismo do Brasil no cenário internacional, revelou, na prática, os problemas que seu governo enfrenta em áreas críticas, como mudanças climáticas, crises internacionais e a defesa de democracias.

Apesar do esforço em exibir uma postura de estadista, o discurso de Lula gerou reações negativas no Brasil, especialmente entre a oposição, que viu nas palavras do presidente um verdadeiro “atestado de incompetência”. Ao admitir que seu governo tem encontrado dificuldades em lidar com questões como desastres ambientais e a preservação da Amazônia, Lula acabou expondo a incapacidade de sua gestão em enfrentar os desafios internos.

Falta de liderança em momentos de crise

O contexto nacional não poderia ser mais delicado. Enquanto Lula falava na ONU, o Sul do Brasil sofria com enchentes devastadoras, e a Amazônia continuava a arder em chamas. No entanto, o presidente preferiu discursar sobre a "falência" das instituições internacionais em lidar com crises como a da Ucrânia e do Oriente Médio, desviando o foco da sua ineficaz resposta às emergências no próprio país.

A postura foi duramente criticada pelo deputado Sargento Gonçalves (PL-RN), que afirmou: “Lula não só fracassa em sua gestão, como envergonha o Brasil ao fazer isso em uma assembleia global”. Segundo ele, ao admitir que o governo não fez o suficiente, Lula assinou seu "atestado de incompetência", frustrando as expectativas de quem esperava liderança em momentos de crise.

O deputado Sanderson (PL-RS) reforçou a crítica, destacando que “o Sul enfrenta o maior desastre natural de sua história e o presidente Lula, ao invés de agir com firmeza, utiliza a ONU para confessar seu fracasso”. A falta de ação concreta e a contínua falha em coordenar respostas eficazes às catástrofes no Brasil só evidenciam a fragilidade de seu governo.

Silêncio estratégico ou omissão?

Outro ponto que gerou desconforto foi o silêncio de Lula em relação à crise política na Venezuela. Enquanto criticava as sanções a Cuba e apontava o dedo para as ações de Israel, o presidente brasileiro optou por não mencionar o regime de Nicolás Maduro, cuja reeleição foi amplamente questionada internacionalmente. Tal omissão é vista como um indicativo do alinhamento de Lula com regimes autoritários, algo que não passou despercebido pelos analistas e pela oposição.

Reações divididas no Brasil

Por outro lado, os aliados de Lula, como os deputados Reginaldo Lopes (PT-MG) e Jilmar Tatto (PT-SP), saíram em sua defesa, enaltecendo o discurso do presidente como um exemplo de "estadista". No entanto, a retórica de defesa da democracia e da justiça social contrasta com a realidade que seu governo enfrenta em casa, onde o descontentamento popular e a falta de soluções para problemas urgentes continuam a ser a norma.

O discurso de Lula na ONU, em vez de reafirmar o Brasil como uma liderança global, apenas evidenciou as falhas de seu governo, gerando mais críticas do que aplausos. 

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Redação

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