O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o X a voltar a operar no Brasil. Nesta terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes promulgou a sentença que possibilita o retorno à operação da rede social, suspensa no país desde o dia 30 de agosto.
A determinação ocorreu após a rede social quitar o pagamento de R$28,6 milhões de reais exigidos pela Corte.
A empresa também indicou a advogada Rachel Villa Nova Conceição como responsável legal pelo X no Brasil.
Consta na decisão de Moraes que todas as determinações da Corte foram cumpridas e a comprovação foi realizada por meio de documentos.
O retorno do X é imediato. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) receberá uma notificação para realizar o desbloqueio junto aos provedores. O trâmite pode levar alguns dias.
Parecer da Procuradoria-Geral da República
Hoje de manhã, a PGR se manifestou de modo favorável ao retorno da operação da paltaforma no Brasil.
No parecer emitido, o PGR, Paulo Gonet afirmou que as violações das ordens judiciais que fundamentaram a suspensão X não existem mais. Assim “não vê mais motivos que impeçam a reativação da plataforma no Brasil”:
“As insubmissões anteriormente verificadas foram cessadas”, afirmou Gonet.
Os pagamentos
Os R$ 28,6 milhões pagos pelo X se referem a:
- multa de R$ R$18,35 milhões de forma compulsória, ou seja obrigatória.
- Isso significa que cerca de R$7,3 milhões da Starlink + R$11 milhões do X foram bloqueados e transferidos para as contas da União;
- multa de R$10 milhões pela desobediência de ordem judicial emitida no dia 18 de setembro. O pagamento foi determinado em virtude de uma mudança nos servidores do X que fez a rede social voltar a funcionar temporariamente no Brasil;
- multa de R$300 mil endereçada à representante legal da empresa;
No dia 1º de outubro, os advogados da plataforma comunicaram à Suprema Corte que o X iria quitar a dívida com recursos próprios, advindos do exterior. Isso tornaria desnecessário o envolvimento de valores da Starlink, outra empresa da qual Elon Musk é sócio.
- A Starlink é uma rede de satélites da SpaceX que oferece serviços de internet de alta velocidade e baixa latência em áreas remotas e rurais ao redor do mundo.
A Suprema Corte também exigiu que o X bloqueasse nove perfis de investigados.
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